Esqueçam a fase pop rock, o flerte urbano, ou a sonoridade oitentista. Nem busquem modismos como o regional mexicano, queridinho de 9 entre 10 artistas latinos na atualidade. Quase uma década após saltar à fama no reality show Operación Triunfo, enfim, conhecemos a verdadeira Aitana em Cuarto Azul, seu quarto álbum de estúdio e, com folga, o melhor da carreira.

Em 19 faixas, a espanhola mostra sua essência como conceito, mesclando ritmos, histórias e consolidando a artista de quase 26 anos como uma das mais importantes de seu país. Um pop sofisticado e intuitivo, que tem a emoção como protagonista.

Se alpha (2023) foi sua escalada ao título de popstar, Cuarto Azul sobe degraus por baseado na instropescção, qualidade de produção e verdade em cada letra. Vale lembrar que Aitana produziu esse disco em meio à ruptura com Sebastián Yatra e rumores de remember com Miguel Bernardeu. É um álbum para curar feridas antigas e se abrir para uma nova etapa de vida, definitivamente.

As baladas compõem metade da tracklist, algumas destapando sombras que flutuam sobre a protagonista do documentário Metamorfosis da Netflix. Destaques para  Duele un montón despedirme de ti¿Para qué volver? (com Ela Taubert) e Desde que ya no hablamos.

Além das desilusões amorosas, o peso da fama é pauta da faixa que dá nome ao disco. Em Cuarto Azul, ela faz uma reflexão profunda sobre quem é e como o sucesso afeta sua vida.

Vale destacar ainda Música En El Cielo, faixa dedicada ao avô já falecido e, definitivamente, uma das canções mais honestas já publicadas por Aitana. A proporção de feats é outra prova de que a catalã queria navegar por sua própria história nesse projeto: são sete no total.

Aitana é uma artista versátil e sempre entregou ótimos álbuns, mas Cuarto Azul é sua obra maestra até agora.

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