Poderia ser uma noite inteira dedicada à música latina, mas apenas a presença de Karol G no line-up já coloca o Rock In Rio novamente na rota das tendências além do mercado anglo. Há anos o festival vinha ignorando o fenômeno, se segurando em figurinhas carimbadas como Iron Maden, CPM 22 que, por mais sucesso e por mais que a gente goste, poderiam ceder seus lugares ao que realmente domina a música atualmente.

Ainda falta muito para deixar de ser totalmente retrógrado. Bad Bunny é outra atração que precisaria constar no cardápio desta temporada, depois de anos no topo do Spotify mundial.

Mas hoje, enfim, é dia do fã de música latina celebrar.

Se você se vende como o principal evento musical do planeta, precisa estar antenado ao mercado. A família Medina estava com os olhos vendados. Reabrir sua porta à música latina é deixar de lado uma grande imbecilidade.

E Karol G vira o símbolo dessa guinada e se torna a herdeira natural do trono da rainha Shakira. Poderia citar vários nomes que poderiam compor o line-up, mas a escolha, mesmo com show já marcado em São Paulo para o show de maio, reforça a importância da artista de Medellín no cenário global.

Carolina transcendeu fronteiras.

De uma maneira tão intensa que nem o Rock In Rio, que estava preso na mesmice, conseguiu ignorar.

Hoje, ela é a maior artista latina do mundo. Sin puntos y comas.

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