Antes de começar o texto, eu já esclareço que o legado do RBD é intocável. Sua história e importância para a música latina jamais serão apagados. Dito isso, não sem a consciência de que haters virão, é preciso dizer que o tema RBD está saturado. E muito por culpa dos cinco integrantes.

Dia sim, dia não, algum deles aparece para falar sobre o futuro de maneira desconexa. O mesmo acontece sobre a relação que o quinteto mantém hoje em dia. Desse jeito:

Não é preciso ser nenhum gênio ou sócio-fundador do fandom para descobrir que algo não vai bem. Anahí, inclusive, disse que prefere não falar sobre os companheiros de grupo em entrevista ao El Universo, preferiu se referir apenas aos colegas de júri do Quién Es La Máscara?, do qual faz parte do “corpo” de investigadores.

Sempre fazendo analogias à convivência em família, de altos e baixos, eles se esquivam da verdade e deixam os fãs à deriva, divagando nas próprias interpretações.

A discrepância sobre o futuro, a ausência de comemorações pelos 20 anos e a clara rachadura na amizade transformaram esse 2024, que era para ser um marco na história do RBD, em um melancólico e arrastado “the end”.

O “racha” se estende aos fãs. Enquanto parte diz que eles precisam de tempo, o famoso “não sufoque o artista”, outra parte cobra explicações e clareza. Estou do lado de quem pede a verdade. Verdade é uma só, não tem versões e não dá espaço a narrativas dissonantes.

Um simples comunicado conjunto, assinado pelos cinco, já seria o suficiente. “Não há planos para outra tour” ou “há planos para outra tour”. “Não sabemos o que fazer com o material já produzido até o momento”. “Cada um está seguindo seu rumo e, atualmente, nossa relação é meramente profissional”.

Dói, mas não mata. E a vida segue.

Se falta coragem, se é para poupar os fãs, se é uma tentativa de conseguir privacidade enquanto nem eles sabem que rumo tomar, não sei. Mas, claramente, falta uma direção, alguém que os oriente a, no mínimo, alinharem os discursos. Essa é a única forma de mostrar respeito aos fãs e à própria história.

No momento, seja para o público, para a imprensa e até para o coração Rebelde mais apaixonado, o lenga-lenga ficou cansativo. Quase uma anedota.

E o RBD não merece terminar sua trajetória como piada.

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