Dos 26 anos de vida, Martina Stoessel passou 16 anos sob os holofotes. A carreira recheada de prêmios, sucesso e hits está cobrando um preço caro de Tini, como a argentina é popularmente conhecida.

Em sua turnê pela Espanha, a artista confessou que tem sofrido com crises de ansiedade e pânico. Entre lágrimas, ela disse: “Há três semanas eu via muito, muito longe a ideia de poder voltar a subir a um palco e foi uma meta que coloquei na minha cabeça. E poder estar aqui é uma vitória. Graças a vocês que me brindam com tanto amor”.

Ao El País, ela explicou o desabafo: “Cheguei ao fundo, não podia me levantar da cama. Tinha ataques de pânico por diferentes razões, minhas, pessoais”.

O assunto é sério. A condição de saúde requer tratamento e cuidado.

Uma crise de pânico pode ser, com facilidade, confundida com um infarto, tal a intensidade dos sintomas.

A sociedade, por muitos anos, normalizou os problemas com a saúde mental como “frescura”. Hoje, boa parte das pessoas entende que é preciso cuidar “da cabeça” tanto quanto do restante do corpo.

Tini precisa parar.

Tini precisa respirar.

Se continuar emendando disco após disco, no ritmo frenético que vem fazendo desde o fim de Violetta, ela pode agravar o quadro.

Além do trabalho, é preciso lembrar o drama familiar vivido pela jovem no ano passado, quando seu pai precisou fazer duas cirurgias e ficou dias em estado grave na UTI. Uma hora, a nossa máquina cobra.

No mais, é importante ressaltar sua coragem em trazer o tema a público. Há pouco mais de um mês, Alejandro Sanz foi pelo mesmo caminho, disse em um show que não estava bem.

Com datas de shows marcados, os artistas sabem da responsabilidade que é desmarcar turnê. Mexe com sonhos, mexe com o financeiro dos fãs. É um peso grande nos ombros, mas não sei se vale o estrago de postergar cuidados imediatos – e necessários.

Quem vê Tini no Instagram, nas entrevistas e nos recortes de shows não consegue prestar atenção em nada que não seja o olhar vazio, triste. Ela está se esforçando, é claro. Mas a que preço?

Você, fã da Tini, perdoaria um show cancelado em troca de cuidados médicos? Ser fã é sobre isso. É sobre compreensão e empatia também. Nossos ídolos são humanos.

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