Quem esperava ingressos encalhados em razão dos preços altísssimos praticados no Eurovision Song Contest deste ano recebeu com surpresa a notificação de que as duas semifinais e a finalíssima estavam esgotados com menos de 40 minutos de vendas. A comercialização foi aberta na madrugada de quinta-feira (7) às 5h (horário brasileiro) e deixou muita gente de mãos vazias.
Destaque: Laura Pausini – Prazer Em Conhecer é mais um capolavoro da obra da italiana
Teve eurofã que desembolsou até 850 euros pelo pacote com os shows principais. Na conversão em reais, a soma chega a R$ 4,3 mil na cotação de hoje, 11 de abril, para o pack individual. Para a mesma quantidade de ingressos, o setor mais barato – e com visibilidade baixa – o valor é de 550 euros, ou R$ 2,7 mil.
A comparação com Roterdã, sede da última edição do festival, é gritante: com capacidade reduzida em função da pandemia de Covid-19, a Ahoy Arena cobrou entre 89 e 249 euros do público (R$ 451 e R$ 1,2 mil), uma inflação de quase 300%.
Os preços abusivos repercutiram nas redes sociais. Os fãs não apenas reclamaram dos valores, como dizem que o montante a ser desembolsados para a ver a disputa entre 40 países seria impeditivo. Não foi.
“Não gosto do que o Eurovision está se tornando, elitista”, disse um eurofã. “Espero que ano que vem aceitem o pagamento em órgãos”, brincou outra seguidora do show. “Se vê muito bem pela TV também”, protestou outro.
A inflação foi além das “fronteiras” do Pala Alpitour, ginásio em que será realizado o evento. Os hotéis estão com preços que não cabem no bolso do cidadão em qualquer moeda no período do ESC.
O Eurovision terá sua primeira final disputada em 10 de maio, a segunda no dia 12, e a grande final no dia 14. A cidade-sede é Turim, ao norte do país, na região de Piemonte. O ESC 2022 será apresentado por Laura Pausini, Mika e Alessandro Cattelan.