O fenômeno Menudo nos anos 1980. O sucesso global de Shakira, Ricky Martin, Laura Pausini e Enrique Iglesias nos anos 1990. A febre das Marias com Thalia. Rebelde nos anos 2000. Violetta e Sou Luna na Disney. Maluma e J Balvin em parcerias com Anitta. Os bilhões de Despacito. A música latina (hispânica ou italiana) no Brasil sempre teve um carro-chefe para se manter viva em um país muito mais adepto aos produtos anglo. E, neste cenário, há algum tempo não surgia uma colaboração estrondosa como o remix de Tá OK, com as participações de Karol G e Maluma.

Teve feat aqui, outro acolá, mas falamos da música número 1 nas plataformas digitais brasileiras com dois dos maiores expoentes da indústria hispano-hablante dos últimos anos. É, sem dúvida, para fazer o mercado sair da UTI, onde esteve respirando por aparelhos nos últimos anos.

É possível afirmar que os três anos desta década foram sofríveis para quem ama a música latina no Brasil. Claro que é preciso colocar a pandemia na conta, e a consequente falta de promoção, de shows, de contato com os fãs daqui. Ninguém nega, contudo, que faltou punch.

A probabilidade de fracasso do já sucesso de Dennis DJ e Kevin O Chris ao lado dos colombianos é praticamente nula. Se vierem números e hype no estilo de Sim ou Não e Downtown (obrigada Anitta), a música latina vai chegar a uma nova geração. Não vamos falar de tecnicalidades, letra, vocais, nada disso. Tudo aqui é sobre público.

É sobre ser reconhecido por quem ainda não sabe quem você é, de onde veio ou só ouviu falar porque alguém da família gosta. É furar a bolha. De novo.

Obviamente, esse texto tem validade. Pode ser que a original se sobreponha ao remix e ele não alcance o sucesso esperado, mas a expectativa é muito alta para o que vai acontecer a partir das 20h desta quinta-feira, 3 de agosto. Estamos falando de outro potencial divisor de águas para um nicho que precisa, vez ou outra, desse tipo de promoção para sobreviver.

E se alguém pode, e sabe, como fazê-lo são Karol G e Maluma. Para quem está aqui desde quando tudo era mato, Tá OK demais que sejam eles os novos embaixadores da música latina no Brasil.

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