Uma sequência mais corajosa e menos comercial. Assim é a tracklist de MIKE LYKE, o novo álbum de Myke Towers que mostra o jovem intérprete voltando a suas raízes de trap e muito jogo de palavras.
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Um exemplo disso é o título, uma espécie de homônimo que faz referência ao basquete ao bairro e aos projetos de vida pública, ao mesmo tempo à icônica figura de Michael Jordan. A capa do álbum foi produzida pelo lendário fotógrafo de hip-hop Jonathan Mannion e mostra a casa da infância do artista em Quintana, Porto Rico, anunciando seu retorno à casa com a entrega lírica daqueles tempos.
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“Este álbum, para mim, como todas minhas outras obras, é muito pessoal. Quis voltar às minhas raízes artísticas com o flow mais trap, mais ‘de calle’, de onde venho e com as influências dos meus ídolos. As letras vêm com o mesmo coração que eu colocava quando comecei com esta aventura”, disse Myke Towers.
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O ponto alto do disco é, sem dúvida, a faixa Michael X, em que o cantor mostra que leva a sério a responsabilidade social que carrega como rapper. O tema mostra respeito ao movimento Black Lives Matter e provoca reflexão sobre a morte de George Floyd.
A música fala ainda sobre sua experiência pessoal como afrolatino, injustiças sociais, racismo sistêmico e política em Porto Rico. “Soy parte del problema si no comparto este tipo de canciones” é uma frase marcante do single, um dos poucos a levantar a questão na indústria latina.