“Ela nos deixou, foi para um mundo melhor onde usa humanidade, sua risada inconfundível e seu talento extraordinário brilharão para sempre”. Com essas palavras, Serio Japino, companheiro de toda a vida, anunciou a morte de Raffaella Carrà nesta segunda-feira, 5 de julho.

A artista de 78 anos estava com câncer, mas não havia falado publicamente sobre a doença.

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Nascida em Bolonha, em 1943, Carrà foi o símbolo da liberdade da mulher italiana nos anos 1960 e 1970. Começou sua trajetória profissional com nove anos após ser escolhida para um papel no filme Tormento Del Passato e, desde então, seu talento e excentricidade a levaram a triunfar não apenas como atriz, mas como cantora, bailarina, coreógrafa e apresentadora.

Durante sua carreira, a artista de múltiplas facetas apresentou diversos programas, a maior parte na italiana RAI e na espanhola TVE, e realizou especiais na Argentina, no Chile, no México e no Perú. Seu último projeto televisivo foi a reinvenção de Mi Casa Es La Tuya sob o nome A raccontare comincia tu.

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A italiana trabalhou em Hollywood na década de 1960, mas não demorou a retomar sua carreira na Europa tanto no plano cinematográfico, como na TV. “Não bebo, nem me drogo. Por isso, Hollywood não era para mim”, disse em uma entrevista ao El País.

A morte da diva, famosa por seus hits inesquecíveis como Fiesta, Hay Que Venir El Sur, Caliente Caliente provocou um sem número de mensagens nas redes sociais, como Laura Pausini, que tem rendido homenagens a Carrà desde o anúncio de sua passagem.

 Raffaella María Roberta Pelloni sempre será lembrada: demostrou ser capaz de desenvolver numerosas facetas e seduzir e entreter qualquer tipo de público, além de sua luta por liberdade. Suas letras falavam abertamente de temas controvertidos para a época, como homossexualidade, sadomasoquismo e masturbação feminina, o que a levou à censura em diversos países.

Sua espontaneidade conquistou a Itália, a Espanha e saltou à América Latina. Divertida, descarada e explosiva, Carrà deixa este início de semana com um enorme vazio. Apesar de estar longe dos holofotes, seu nome chegou a ser cogitado para apresentar o Eurovision Song Contest em 2022. Ela era uma das principais defensoras da volta de seu país ao festival europeu e chegou a comandar vários programas de seleção na Espanha para a competição.

Vai deixar saudades.

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