Finalmente, J Balvin quebrou o silêncio sobre a polêmica gerada pelo clipe de Perra, canção do álbum Jose, interpretada ao lado da dominicana Tokischa. Via Instagram, o colombiano pediu desculpas às mulheres e à comunidade negra.
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“Quero oferecer a vocês minhas desculpas a todos que se sentiram ofendidos, especialmente às mulheres e à comunidade negra. Isso não faz parte do que sempre expressei. Sempre fui da tolerância, amor e integração”, disse o cantor.
“Sempre gostei de apoiar novos talentos, neste caso Tokischa, uma mulher que apoia os seus, sua comunidade, e também empodera as mulheres”.
O artista explicou que “como forma de resposta e respeito” decidiu retirar o vídeo de seu canal no YouTube há uma semana. “Ao ver que as críticas seguiram, estou aqui, dando a cara, falando a respeito”.
No vídeo de um minuto de duração, Balvin pediu desculpas à mãe, que manifestou publicamente seu repúdio à atitude do filho. “Esse não é meu José, não o reconheço”.
A reação de Tokischa
Em entrevista à rede colombiana W Radio, Tokischa – coautora do tema – disse ao jornalista Daniel Coronell que: “Expresso tudo o que já existe, eu não estou inventando. Tudo o que digo, tudo o que faço, tudo o que mostro, existe na sociedade”.
“Esta canção chegou a mim por criatividade pura, por minha personalidade, sou uma mulher que não teme expressar a sexualidade”, disse a dominicana. A jovem contou que ela propôs várias músicas a J Balvin para a colaboração e Perra foi a escolhida pelo nativo de Medellín. “Desde que se comunicou comigo, ele disse que queria entrar no meu mundo”.
A polêmica por trás do vídeo de J Balvin e Tokischa
O clipe de Perra, a colaboração de J Balvin e Tokischa, gerou polêmica por mostrar duas mulheres negras amarradas e caminhando de quatro, enquanto Balvin segurava a “guia”.
Nas redes sociais, as críticas chegaram logo após a publicação do material porque as imagens ferem a luta das mulheres por liberdade e também por racismo. Uma das manifestações mais fortes veio da vice-presidente da Colômbia, Martha Lucía Ramírez, que em carta aberta ao compatriota disse que a letra era sexista, machista e que objetificava a mulher.
“O artista utiliza imagens de mulheres e pessoas afrodescendentes – grupos populacionais de especial proteção constitucional – a quem apresenta com orelhas de cachorro. Além disso, enquanto caminha, o cantor leva duas mulheres negras amarradas em coleiras e arrastando-as pelo chão como animais ou escravas”.
Ramírez clamou J Balvin a comprometer-se com a promoção dos direitos da mulher na música. “Convidamos publicamente o cantor J Balvin e a indústria musical a fazermos um pacto que inclua diversos compromissos para a promoção dos direitos das mulheres na indústria e prevenção da violência feminina”.