Esqueça o primeiro álbum da carreira do RUGGERO. Volver A Cero, o segundo projeto da carreira do italiano radicado em Buenos Aires, na Argentina, é exatamente o que diz o título: um reset em toda a imagem juvenil, nas letras doces, no desamor com linguagem teen.
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A caminho dos 29 anos, o artista volta com letras cruas, diretas e usa a linguagem de alguém da sua idade para falar sobre sentimento. RUGGERO cresceu, sua música também.
Talvez seja preciso até esquecer os primeiros singles, Se Vive Solo Una Vida e Ya Fue, que traziam o puro clichê do sexo, drogas (alcool, no caso) e rock and roll, como se fosse música feita por alguém recém-saído da adolescência e se jogando na vida adulta sem medir consequências. Nos Dejamos En Seguida, o único feat do disco, vinha pelo mesmo caminho.
Talvez, após o fim de um longo relacionamento com Cande Molfese, tenha um pouco disso. Mas é muito mais do que isso. As letras são profundas, como a que abre o álbum, Historial. Se Jodió conta a história de uma ruptura com profundidade, Sigo Aquí é mais pop, mas tem intensidade.
Duela Lo Que Duela é a assinatura de RUGGERO, o italiano que não abandona suas raízes mesmo cantando em espanhol. Espejo talvez seja a joia da tracklist: encerra um trabalho que tem, como único defeito, ser curto demais.
Quando lançou seu primeiro trabalho, RUGGERO disse ao LatinPop Brasil que o segundo já estava pronto. Difícil é acreditar que a mesma pessoa, com as mesmas vivências, tenha escrito os dois discos. Foi preciso uma longa caminhada para atingir a maturidade de Volver a Cero.