A dor de cabeça gerada pelo lançamento de +57 está longe de acabar para Karol G, J Balvin, Maluma, Feid e companhia. Todos os autores devem ser convocados pelo Instituto Bienestar Familia para aulas de capacitação sobre o bem-estar de crianças e adolescentes.
O pedido foi protocolado nesta terça-feira (12) na Câmara colombiana. “O objetivo é gerar um espaço de conscientização sobre os direitos de meninos, meninas e adolescentes e sobre a prevenção de violências nesta população”, diz o texto assinado por Carolina Giraldo Botero.
Assinam a letra da música Daniel Echavarria Oviedo, Bryan David Castro Sosa, Carolina Giraldo Navarro, Dylan Ferney Zambrano Montaño, José Álvaro Osorio Balvin, Juan Luis Londoño Arias, Kevyn Mauricio Cruz Moreno, Salomón Villada Hoyos, Stiven Mesa Londoño. Todos fazem parte da ação com base no artigo 44 da Constituição do país.
Desde a estreia, +57 sofre fortes críticas por sua letra carregada de apologia à prostituição e sexualização infantil. Como o LatinPop Brasil mostrou ontem, Medellín, terra natal dos autores, é um dos centros de turismo sexual da América Latina.
— A pedofilia no mundo vê uma opção de viajar para cá e ter relações sexuais — denuncia Jazmín Santa, membro da Mesa Intersetorial contra a Exploração Sexual de Meninos e Meninas.
A organização independente registrou 714 vítimas entre 2020 e 2022, baseada em dados da polícia. A proibição ao trabalho sexual em algumas ruas veio em resposta ao caso de Timothy Allan Livingston, um americano de 36 anos preso após entrar em um hotel de El Poblado com duas crianças de 12 e 13 anos.
O trecho cantado por Maluma e Feid é considerado o mais problemático da música: ““Una mamacita desde los fourteen / Entra a la disco y se le siente el ki / Mami, estos shots yo me los doy por ti” .
Karol G, que capitaneou o lançamento, disse que a letra foi tirada de contexto, mas pediu desculpas. “Ainda tenho muito o que aprender”.
Publicado no dia 8 de novembro, o tema já tem mais de 11 milhões de streams no Spotify e quase 20 milhões no YouTube.