Anitta tem o número 1 do Spotify Global, é amada por artistas e produtores de todo o mundo, e conseguiu ser o nome brasileiro mais famosos no exterior nesta década. É o suficiente? Ao que tudo indica, ela não apenas não precisa, mas não quer ir além disso.

Falar sobre a poderosa é sempre mexer em um vespeiro.

1 – Porque seus fãs vão à loucura

2 – Envolvem (sem trocadilhos com o single) várias questões sociais mesmo quando a gente quer falar só de música e carreira

Por exemplo: alguém vê xenofobia nas aspas?

Não. É um acúmulo de verdades difícil de engolir, mas é a verdade. Anitta é onipresente, mas parece muito mais palatável ao mainstream do que ao público. Outro dia, no PodDelas, a carioca disse que não pretende sair em turnê, que é desgastante, que o mercado lá fora é diferente do Brasil (???) no quesito shows. Ora, basta ver Karol G lotando estádios nos Estados Unidos.

Turnês são necessárias para tirar o artista da “comodidade” das promoções em TV, rádios, podcasts, e levá-lo ao seu lugar, que é ao lado do público.

Pode ser uma escolha da Anitta viver nessa bolha do tapete vermelho, mas é preciso assumir que é isso: escolhi e assumo que isso é o mais perto que estarei dos meus fãs. Todos os grandes nomes da música, os consagrados, não têm medo desse contato. Coldplay, Taylor Swift, Beyoncé… todos sabem que, além de lucrativas, as turnês têm um poder único de aproximação e, mais ainda, de consolidação de marca.

Se você opta pelo caminho mais fácil, no início ninguém percebe, mas depois é justamente o que foi dito acima: quem consome? Dúvida e credibilidade não andam de mãos dadas e uma hora a conta chega.

De novo, pode ser a escolha da Anitta. E tudo bem.

Só que chega uma hora em que é preciso colocar os pingos nos is e explicar aos fãs que suas escolhas trazem consequências e quais são essas consequências. A lógica de mercado é simples: quem não vai a campo não marca gol.

A analogia do Everest citada por ela no Saia Justa passa a sensação de que Envolver foi a sua chegada ao cume e agora ela encara a descida, sem pretensão de voltar lá para cima. É muito difícil puxar pela memória um artista que tenha se contentado com um hit. Mais difícil ainda um artista de renome internacional que nunca tenha feito uma turnê mundial.

Aí sim Anitta poderia dizer com tranquilidade que foi a primeira artista em sua posição a decidir trilhar esse rumo na carreira. A Pedro Álvares Cabral do tapete sim, show não. Se é temor pela recepção, projetos como de seus colegas Ludmilla (Numanice) e Thiaguinho (Tardezinha) viriam a calhar.

Imaginem o poder de ver o funk brasileiro brilhando mundo afora?

Anitta é de Áries, mas seu mapa astral deve ter Aquário em muitas casas. Gosta de contrariar a lógica, o óbvio, o comum. No caso, ela vai contra o dito popular de que “o artista vai aonde o povo está”.

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