O Eurovision Song Contest está sob investigação formal, confirmou a União Europeia de Radiofusão (EBU) no início desta semana. Seis países teriam combinado votos e, por isso, sequer apareceram no tradicional anúncio de seus resultados na final realizada no último sábado.
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Montenegro, Romênia, Moldávia, Azerbaijão, San Marino e Polônia estariam envolvidos no esquema. A entidade diz ter feito uma média de países com votações similares para finalizar o resultado.
“O processo precisa ser concluído antes que façamos novos comentários”, disse a EBU na última segunda-feira (16). Países como Romênia, Geórgia, Montenegro e Azerbaijão estão protestando e pedindo explicações urgentes à organização.
A romena TVR afirma que seus 12 pontos teriam ido para a Moldávia, mas sem que seu porta-voz pudesse aparecer na tela, a EBU teria repassado os pontos à Ucrânia. Já a Geórgia teria outorgado 12 pontos aos ucranianos, mas o número foi anunciado para o Reino Unido. Poloneses dizem também terem dado 12 pontos ao Kalush Orchestra
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Na edição de 2019 do Eurovision aconteceu uma situação similar. Os votos de Belarus foram calculados aleatoriamente e na revisão posterior a Espanha perdeu seis pontos, sem alterar o resultado final (22/26).
“Aos organizadores foi enviada imediatamente uma carta oficial que dizia que publicaríamos os votos ao vivo e, depois disso, fomos informados sobre irregularidades com a votação de seis países durante as semifinais de quinta-feira, mas não tivemos nenhuma informação entre a segunda semifinal e a final”, afirmou a estatal ITV, do Azerbaijão, em nota oficial.
Aquela correção final, também rodeada de polêmica, não afetou o pódio do festival. As modificações mais simbólicas foram a ascensão da Suécia da sexta para a quinta colocação e da Macedônia do Norte da oitava para a sétima.