Por quê?
Quando Morat explodiu no mercado latino, em 2016, o reggaetón começava a dar os primeiros passos para a dominação mundial. Justamente por isso, o pop/rock/folk do grupo formado por Simón Vargas Morales, Juan Pablo Isaza Pineros, Martín Vargas Morales, Juan Pablo Villamil Cortés cativou um espaço único na indústria, daqueles que não se entregam a modismos, nem abrem mão da identidade.
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Isso não quer dizer que não consigam se manter relevantes. Muito pelo contrário: single após single, disco após disco, os colombianos provam que sua essência é o melhor que podem entregar ao séquito crescente no mercado latino.
A prova cabal é o álbum ¿A Dónde Vamos?, o terceiro da carreira do Morat, e sua obra mais bem acabada. Sem recorrer ao lugar comum, o grupo mostra em 14 faixas que é possível navegar por diferentes gêneros, ritmos e melodias e, ainda assim, ter um selo único de qualidade.
Para não falarmos apenas de flores, há de se destacar que o disco chegou quase descoberto em sua totalidade pelo público, com apenas três faixas absolutamente inéditas. Outras duas foram reveladas nesta semana: os duetos com Cami e Andrés Cepeda. Essa, talvez, seja a única concessão mercadológica do Morat, essa necessidade frenética de lançamentos para suprir a demanda digital.
“Com os últimos tempos, muitas perguntas que antes pareciam fáceis perderam sua resposta. ‘Aonde vamos?’, uma aparentemente tão óbvia e simples, deixou de ser, e se tornou mais difícil que nunca seguir um mapa. A verdade é que não sabemos bem aonde vamos, mas sabemos que percorrendo o caminho, as respostas vão chegando. Não temos um mapa, mas o divertido é se perder um pouquinho“, disse o grupo para anunciar o lançamento do disco.
¿A Dónde Vamos? é um álbum tão especial que precisava de mais mistérios a serem desvendados em seu lançamento. Crítica feita, é hora de desfrutar desse capítulo único da música latina em 2021 e esperar para onde mais Morat irá nos levar com seu talento.
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