A polêmica está lançada! Karol G anunciou o lançamento de um EP com funks brasileiros. A colombiana é fã do ritmo e arrasou no remix de Tá Ok com o sample da icônica Tira a Camisa, do Bonde do Tigrão, lançada nos anos 2000.
Nem todo mundo, contudo, entende a inserção da artista em um ritmo tão nacional como homenagem: Valesca Popozuda, por exemplo, usou o futuro lançamento da Carolina para fazer críticas ao apoio recebido pelo gênero no país:
“Karol G irá lançar um EP de funk e vocês estão indo a loucura, deveriam ir a loucura quando eu, Tati, MC Carol e outras funkeiras ativas na cena lançamos algo!! Total respeito pelo trabalho da moça, o lance é com vocês, vocês enfeitam muito os gringos e desfazem dos artistas locais”.
Pocah fez coro:
O que as duas parecem não entender é que Karol G só trará projeção internacional ao ritmo, que de fato é marginalizado pela indústria brasileira. E se for preciso que um artista desse porte coloque os holofotes do mundo sobre o funk, a notícia é boa, passa longe de qualquer tipo de lamentação.
No momento em que a intérprete de TQG, um dos principais nomes da música mundial nos últimos anos, revela essa proximidade com algo tão nosso, a reação deveria ser de acolhimento. Tal e qual Anitta foi recepcionada pelos gringos quando decidiu enveredar pelo reggaetón, o ritmo de calle latino-americano.
É agregador e nada invasivo. É acolhedor. É homenagem. É deferência.
A rebote desmedido revela uma síndrome de viralatismo que vez ou outra abala o mercado nacional. Somos grandes e continentais. E sempre fomos um mercado de exportação musical, ainda que não nos entendamos dessa forma. E se o funk chegou aos ouvidos de gente desse talhe, é porque o trabalho foi bem feito. Seja do Bonde do Tigrão, da Pocah, da Anitta, da Lexa, do saudoso MC Marcinho, e da própria Valesca, entre tantos outros.
Alguém que deseja às inimigas vida longa deveria apenas mandar um beijinho no ombro e celebrar sua parte na história construída até aqui, não criar polêmicas desnecessárias.
Seja bem-vinda, Karol G.