“Seremos 36 milhões de eleitores latinos inscritos nesta eleição. Vamos decidir quem é o próximo presidente”, afirmou o ator e comediante John Leguizamo ao destacar a influência da comunidade hispânica no processo eleitoral deste 5 de novembro. A disputa entre Donald Trump e Kamala Harris alcançou o mundo do entretenimento e as estrelas latinas começaram a mergulhar em uma das eleições mais acirradas das últimas décadas.

“Kamala Harris e o resto dos candidatos precisam respeitar os latinos e que os especialistas conheçam a cultura latina, as questões latinas”, disse Leguizamo a repórteres durante o Emmy Awards. O produtor cinematográfico, nascido na Colômbia, mas criado em Nova York, expressou repetidamente a sua rejeição a Trump.

A candidata democrata tem ampla vantagem entre os cantores que se manifestaram publicamente. Ricky Martin, Jennifer López, Bad Bunny, Marc Anthony, Los Tigres Del Norte, Residente, Joy (da dupla com Jesse) e Maná são alguns dos nomes que foram a público para dizer que seus votos serão da atual vice de Joe Biden.

O grupo de rock mexicano, inclusive, protagonizou uma das contendas mais intensas durante a companha contra o reggaetonero Nicky Jam, apoiador de Donald Trump. Eles retiraram a colaboração que tinham com o artista, De Pies a Cabeza, de todas as plataformas digitais e foram às redes sociais para protestar: “Maná não trabalha com racistas”.

Anuel e Justin Quiles também fizeram campanha para o republicano. Fred de Palma, Guaynaa, De La Guetto e Leon Leiden foram alguns dos apoios via “likes” nas redes sociais aos colegas e, indiretamente, a Trump, que acumula falas preconceituosas, xenofóbicas e racistas, direcionadas aos latinos.

“Os Estados Unidos são agora um país ocupado, mas em breve não serão mais. Vou lançar o maior programa de deportação da América.”, disse o candidato em recente comício realizado em Nova York.

Mon Laferte, Joaquina e Luis Fonsi demonstraram suporte nas redes sociais aos colegas que apoiam Kamala, que pode se tornar a primeira mulher a ocupar o Salão Oval em Washington.

A estimativa é de que quase 15% dos eleitores elegíveis para votar hoje pertencem à comunidade hispânica, um forte crescimento desde 2000. quando a fatia era de apenas 7,4%. Vale ressaltar que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.

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