Uma matéria da revista Divinity sobre os trajes dos convidados do casamento de Edurne e David De Gea, realizado no fim de semana, deixou Blas Cantó furioso. A publicação desdenha da roupa que leva seu Dangelo Ortega, músico e compositor, chamando-o de “coleguinha” do representante da Espanha no Eurovision Song Contest das edições de 2020 e 2021.

Sem papas na língua (ou nos dedos), o artista de Murcia escreveu: “Não é meu coleguinha. É um compositor f@#$ e, além disso, meu namorado. Este redator da Divinity cheira a ranço”.

Dangelo já compartilhou o palco com Blas em algumas ocasiões, além de co-assinar o tema A Fuego, parte da tracklist do álbum El Príncipe. Seu último lançamento é No Es Para Olvidarte, publicada em maio.

Essa é a primeira vez que Blas Cantó assume publicamente um relacionamento.

Blas Cantó e El Principe, seu novo disco

Saindo do momento pessoal mais obscuro de sua vida, Blas Cantó estreou nesta semana seu segundo álbum solo, El Príncipe, uma espécie de grito de liberdade e recomeço para o artista de 31 anos.

Ao El País, o espanhol falou sobre o título do trabalho: “Comecei a falar de meninos nas minhas canções. Nunca coloco gênero, mas obviamente não canto aos querubins. Foi um passo importante (…) existem muitos tipos de príncipes agora, mas o azul não é quem eu quero ser, tampouco o que sou. É muito injusto colocar a arte em uma caixinha”.

O disco foi nascendo lentamente e chegou cinco anos após Complicado (que ganhou a versão Complicados em 2019), seu trabalho de estreia após o estrondoso sucesso na boyband Auryn, que se separou em 2016. “Quero que nossa reunião aconteça quando estivermos velhos e gordos”.

Nesse período, Blas – que começou a carreira ainda criança no festival Veo Veo – enfrentou duras perdas: seu pai faleceu dias antes do Eurovision Song Contest de 2020, cancelado em razão da pandemia de coronavírus. O jovem de Murcia representaria seu país com Universo antes da suspensão do evento.

Seis meses depois, a avó faleceu em razão da Covid. Blas Cantó voltou ao ESC em 2021 com Voy A Quedarme, com a qual terminou na penúltima colocação. A competição europeia era um sonho do cantor, mas se tornou uma das fases mais difíceis de sua vida. Em várias ocasiões, ele deixou claro que pensou em suicídio.

“É muito diferente o que se sonha com o que acontece. É muita pressão e nos meus sonhos isso não existia. Chegou no pior momento da minha vida pessoal”, confessou ao El País.

El Príncipe traz esse Blas Cantó mais maduro e consciente de si e de seu papel. O primeiro single, El Bueno Acaba Mal, marcou a primeira vez que falou sobre uma relação homossexual.

“Somos nós quem colocamos problemas. Precisamos de referências na música e no cinema que contem histórias homossexuais e que o façam de maneira natural, não às escondidas. Sempre é do ponto de vista do pecado, do proibido, da culpa… a revolução é importante porque sem revolução não há normalidade”.

O single atual é Animal Distinto, uma viagem à infância em Ricote: “Uma história nostálgica em que misturo coração com os pés (no chão)”.

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