A primeira impressão ao olhar a tracklist – e até na primeira audição – é de que a Belinda estava prestes a cruzar a linha entre versatilidade e falta de identidade. E aí é só lembrar que a Belipop de Catarsis era uma menina de 20 e poucos anos, hoje é uma mulher que se aproxima dos 40 (ela faz 36 em agosto) e, portanto, tem muito mais vivência e experiências a compartilhar.
Indómita não é exatamente um álbum profundo, e não parece que esse seja o seu objetivo. Por isso, ela entrega o que propõe: um comeback que é reflexo da artista exatamente nessa faceta em seu momento atual, com mais flow, menos pop. É uma Belinda sem as rédeas do mercado, embora traga faixas muito comerciais, mas com uma proposta crua, emocional e empoderada.
Aliás, esse é o significado literal do termo Indómita: aquilo que não pode ser julgado, subjugado, que é altivo e um pouco arrogante. Espírito de luta e resistência de alguém por muito tempo rotulada por suas ações extracurriculares e, por isso, muitas vezes menosprezada como artista.
Em Indómita, ela lembra ao mundo que pode fazer de tudo. E E faz bem feito. Se sonoramente a gente pode dizer que o disco não traz grandes novidades ao mercado, o trabalho visual inspirado em Frida Khalo e Juana De Arco impõe força e elevam o valor do projeto.
A faixa favorita? Justamente aquela pela qual ninguém esperava: o encontro com Thirty Seconds To Mars em Never Not Love You, em que Belinda mostra que sua voz fez falta, muita falta ao mercado latino.
Indómita e seu estilo bélico abrem a porta para uma nova Belinda e ganha nota 8,1 pelo cruzamento de estilos que mostram arrojamento e emoção.
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Espero que vocês tenham gostado. Até o próximo episódio e até lá Dale Play em Indómita, o triunfal retorno da Belinda, aqui no Spotify.