Priscila Bertozzi 
Em outubro de 2023, o LatinPop Brasil já alertava: a música ranchera estava se tornando o novo reggaetón, com os artistas do pop latino se rendendo ao ritmo regional mexicano. Naquela época, o gênero vivia o boom do hit Ella Baila Sola, de Eslabón Armado e Peso Pluma, e os lançamentos de Shakira, Ricky Martin, Thalía e Marc Anthony embalados pelo ritmo dos mariachis.
O texto, à época, dizia que “já era possível cravar que estamos diante de uma nova tendência” e que gênero sempre esteve aberto às mesclas culturais – Rocío Durcal, que misturava ranchera com flamenco no passado é um exemplo disso – e agora experimenta a fama globalizada”.
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Um ano e meio depois, o artigo virou profecia. Mas há uma questão a ser debatida: se o reggaetón consegue penetração no público jovem, a música mexicana sempre esteve associada aos mais velhos. Será que a moda vai se sustentar no longo prazo, com os artistas pop comprometidos com o fim desse estereótipo e a perpetuar o sucesso de maneira consistente, honrado o legado de Vicente Fernández e tantos outros que fizeram carreira com o que hoje é considerado hit?
A editora-chefe do LatinPop Brasil, Priscila Bertozzi, fala sobre o tema: