A primeira decisão está tomada: a União Europeia de Radiofusão (EBU) anunciou que a Ucrânia não será a sede do Eurovision Song Contest em 2023. A entidade alega falta de segurança para que o atual vencedor organize o evento no ano que vem.
Destaque: O fã de streaming precisa entender que a música vai além dos números
“Dada guerra em curso desde a invasão russa no país vencedor deste ano, o EBU aproveitou o momento para fazer uma avaliação completa e um estudo de viabilidade” com parceiros do evento. Ainda conforme a entidade, são necessários 12 meses para preparar a competição.
“Com profunda tristeza concluímos que, dadas as atuais circunstâncias, as garantias de segurança e operacionais requeridas para a emissora sediar, organizar e produzir o Eurovision Song Contest sob as regras atuais não podem ser garantidas”, acrescenta.
A EBU já iniciou as negociações com o Reino Unido, vice-campeão com Sam Ryder em 2022, mesmo sob protestos dos políticos dos dois países. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, disse que o país estará pacificado e com condições de receber a competição. Seu aliado Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, afirmou que é um direito do atual vencedor sediar o ESC. A BBC, no caso, seria a responsável pelo evento.
Fato é que as cidades inglesas já começaram a movimentação interna para sediarem o festival europeu. Liverpool falou publicamente sobre a candidatura. A prefeita local, Joanne Anderson, twittou na sexta-feira que o Liverpool seria a cidade anfitriã em apoio à Ucrânia.
Além da segurança, a Ucrânia teria dificuldades financeiras para organizar o Eurovision. As últimas previsões do Banco Mundial apontam para uma queda de 11,2 no PIB do país e uma retração econômica de 45,11%. Segundo o jornal Corriere Della Sera, a última edição do Eurovision custou 20 milhões de euros: 14,8 milhões bancados pela cidade de Turim e 5,2 milhões divididos entre patrocinadores e organização (RAI).
Os benefícios, principalmente com o impulsionamento dos setores de Turismo e Serviços, compensam. Antes do evento, os italianos previam faturar sete vezes mais do que o valor investido, mas os ucranianos não estarão prontos até lá. Em 2022, o Eurovision foi transmitido de um bunker por questões de segurança.
Ainda não há previsão para a divulgação da cidade (ou país, neste caso) anfitriã. Em um contexto social pacífico, a Itália só revelou Turim como sede em outubro do ano passado.