Priscila Bertozzi 
Coube a Anitta, em seu papel de embaixadora do Brasil, fazer a devida homenagem a Marília Mendonça durante a cerimônia do Grammy Latino, realizado na noite de ontem em Las Vegas, nos Estados Unidos.
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O evento colocou imagens de clipes e shows da rainha da sofrência ao som de ‘Eu Sei de Cor‘. A brasileira, então, discursou: “Me dói o coração que ela não esteja aqui. Vamos lembrar de você hoje, amanhã e sempre. Viva Marília Mendonça!”
Marília, morta em um acidente aéreo no dia 5 de novembro, concorria na categoria de Melhor Álbum Sertanejo com As Patroas, projeto com Maiara e Maraísa. Foi pouco, muito pouco.
Há cinco anos, em viagem familiar a Buenos Aires, comentei que estava contando os minutos para ouvir Lali, Tini, Fito Páez, entre tantos outros artistas locais, no primeiro passeio pela Florida, a rua mais turística da cidade. Ao contrário: o som do momento era a sertaneja, que acabava de explodir no cenário musical. É sobre isso.
A morte de Marília mobilizou o cenário latino no início do mês, vários artistas deixaram suas condolências. A homenagem ficou muito distante do tamanho da estrela, do seu legado e da sua obra. E, principalmente, em um mercado dominado por mulheres, a sua mensagem de força e empoderamento feminino mereciam que vários colegas ensaiassem e cantassem suas músicas no palco principal, no horário nobre do Grammy.
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Até porque depois de muitos anos, o evento voltou a ser transmitido ao vivo para o Brasil. Ficaram devendo e não foi por falta de tempo, foi falta de cuidado.
A falha aconteceu justamente na temporada em que o Brasil levou o prêmio principal da noite, o de Canção do Ano, com Caetano Veloso e o filho Tom na linda Talvez. Caetano, devoto de Marília, a quem dedicou versos na canção Sem Samba Não Dá. Caetano reverenciou Marília. O Grammy reverenciou Caetano, mas foi tímido com Marília. É uma conta que não fecha.
Um deslize imperdoável em um ano de renascimento do evento, com ótimas performances ao vivo e, apesar de gramofones duvidáveis, foi muito superior no quesito produção do que em anos anteriores. Levaria um 8,5/10, mas faltou Marília!
Veja a lista de ganhadores do Grammy Latino 2021
Grabación del año:
Talvez, de Caetano Veloso y Tom Veloso.
Mejor nueva artista o revelación:
Juliana Velásquez.
Mejor canción pop:
Vida de rico, Édgar Barrera y Camilo.
Mejor interpretación de reguetón:
Bichota, de Karol G.
Mejor álbum de música urbana:
El último tour del mundo, de Bad Bunny.
Mejor álbum vocal pop:
Mis manos, de Camilo.
Mejor álbum vocal pop tradicional:
Privé, de Juan Luis Guerra.
Mejor álbum de pop/rock:
Origen, de Juanes.
Mejor álbum cantautor:
Seis, de Mon Laferte.
Mejor canción alternativa:
Nominao, de C. Tangana.
Mejor fusión o interpretación urbana:
Tattoo (remix), de Rauw Alejandro y Camilo, del disco Afrodisiaco.
Mejor álbum folclórico:
Ancestras, de Petrona Martínez.
Mejor álbum alternativo:
Calambre, de Nathy Peluso.
Mejor álbum de rock:
El pozo brillante, de Vicentico.
Mejor álbum de música flamenca:
Un nuevo universo, Pepe de Lucía
Mejor álbum instrumental:
Toquinho e Yamandu Costa, Bachianinha – (Live At Rio Montreux Jazz Festival), de Toquinho y Yamandu Costa.
Mejor canción de rock:
Ahora 1, de Vicentico.
Mejor canción pop/rock:
Hong Kong, de C. Tangana y Andrés Calamaro. Compuesta por Alizzz, Andrés Calamaro, Jorge Drexler, Víctor Martínez y C. Tangana.
Mejor álbum de tango:
Tinto tango plays Piazzolla, de Tinto Tango.
Mejor álbum de jazz latino:
Voyager, de Iván Melon Lewis.
Mejor canción urbana:
Patria y vida, de Yotuel, Gente De Zona, Descemer Bueno, Maykel Osorbo, El Funky.
Mejor álbum de salsa:
Salsa plus!, de Rubén Blades y la orquesta de Roberto Delgado.
Mejor álbum de cumbia/ vallenato:
Las locuras mías, de Silvestre Dangond.
Mejor álbum de merengue/bachata:
Es merengue, ¿algún problema?, de Sergio Vargas.
Mejor álbum tropical tradicional:
Cha cha chá: homenaje a lo tradicional, de Alain Pérez, Issac Delgado y Orquesta Aragón.
Mejor álbum tropical contemporáneo:
Brasil305, de Gloria Estefan.
Mejor canción de rap/hip hop
Booker T, Bad Bunny y Marco Daniel Borrero.
Mejor canción tropical:
Dios así lo quiso, compuesta por Camilo, David Julca, Jonathan Julca, Yasmil Marrufo y Ricardo Montaner. De Ricardo Montaner y Juan Luis Guerra.
Mejor diseño de empaque:
Colegas, de Gilberto Santa Rosa. Ana González, directora de arte.
Mejor mezcla:
El Madrileño, de C. Tangana. Ingenieros: Orlando Aispuro Meneses, Daniel Alanís, Alizzz, Rafa Arcaute, Josdán Luis Cohimbra Acosta, Miguel De La Vega, Máximo Espinosa Rosell, Alex Ferrer, Luis Garcié, Billy Garedella, Patrick Liotard, Ed Maverick, Beto Mendonça, Jaime Navarro, Alberto Pérez, Nathan Phillips, Harto Rodríguez, Jason Staniulis & Federico Vindver, Delbert Bowers, Alex Ferrer, Jaycen Joshua, Nineteen85, Lewis Pickett, Alex Psaroudakis y Raül Refree, Chris Athens.
Productor del año:
Edgar Barrera por Botella Tras Botella (Christian Nodal & Gera).
Mejor vídeo musical de formato corto:
Un amor eterno, de Marc Anthony. Director: Carlos Pérez.
Mejor vídeo musical de formato largo:
Entre mar y palmeras, de Juan Luis Guerra. Dirigido por Jean Guerra.
Mejor álbum de música clásica:
Latin American Classics, de Kristhyan Benitez y Jon Feidner.
Mejor obra/composición clásica contemporánea:
Music from Cuba and Spain, Sierra: Sonata para guitarra, de Roberto Sierra.
Mejor álbum de música latina para niños:
Tu Rockcito Filarmónico, de Tu Rockcito y la Orquesta Filarmónica de Medellín.
Mejor arreglo:
Ojalá que llueva café (versión privé), de Juan Luis Guerra.
Mejor álbum de música ranchera/mariachi:
A mis 80′s, de Vicente Fernández.
Mejor álbum de música banda:
Nos divertimos logrando lo imposible, de Grupo Firme.
Mejor álbum de música tejana:
Pa’ la pista y pa’l pisto, Vol. 2, de El Plan.
Mejor canción regional mexicana:
Aquí abajo, de Cristian Nodal, Edgar Barrera y René Humberto Lau Ibarra.
Mejor álbum folclórico:
Ancestras, de Petrona Martínez.
Mejor álbum cristiano (en español):
Ya me vi, de Aroddy.
Mejor ingeniería de grabación para un álbum:
El Madrileño, de C. Tangana. Ingenieros: Orlando Aispuro Meneses, Daniel Alanís, Alizzz, Rafa Arcaute, Josdán Luis Cohimbra Acosta, Miguel De La Vega, Máximo Espinosa Rosell, Alex Ferrer, Luis Garcié, Billy Garedella, Patrick Liotard, Ed Maverick, Beto Mendonça, Jaime Navarro, Alberto Pérez, Nathan Phillips, Harto Rodríguez, Jason Staniulis & Federico Vindver, Delbert Bowers, Alex Ferrer, Jaycen Joshua, Nineteen85, Lewis Pickett, Alex Psaroudakis y Raül Refree, Chris Athens.
Mejor álbum de música norteña:
Al estilo rancherón, de Los dos carnales.
Volando alto, de Palomo.
Mejor canción en portugués:
Lisboa, de Ana Caetano y Paulo Novaes.
Mejor álbum de pop contemporáneo en portugués:
Cor, de Anavitória.
Mejor álbum de rock o música alternativa en portugués:
Álbum rosa, de A Cor Do Som.
Mejor álbum de samba/pagode:
Sempre se pode sonhar, de Paulinho da Viola.
Mejor álbum de música popular brasileña:
Canções d’além mar, de Zeca Baleiro.
Mejor álbum de música sertaneja:
Tempo de romance, de Chitãozinho e Xororó
Mejor álbum de música de raíces en portugués:
Arraiá da veveta, de Ivete Sangalo.
Mejor álbum cristiano (en portugués):
Seguir teu coração, de Anderson Freire.