Nesta quarta-feira, 8 de novembro, o fã do RBD recebeu estupefato a crítica do jornalista Braulio Lorentz, publicada no G1, sobre o material do grupo. Para ele, o repertório é um lixo, “tem músicas artificiais feitas de forma apressada”.

O profissional, com largo currículo no jornalismo musical, fala ainda que seu texto não tem a ver com popularidade, mas sobre o que o RBD representa: “pouco ou quase nada”.

Permita-me, Braulio, gentilmente discordar. Porque nada se mantém relevante, comercial e se torna um “fenômeno”, como você mesmo citou, sendo a escória musical do século.

Permita-me dizer mais: tal afirmação, muito comum em nosso meio, escancara um elitismo cultural de quem não se dispõe a entender tais fenômenos que ultrapassam sua parca compreensão do universo musical baseado no mercado anglo.

O mundo latino gira de maneira diferente.

Mas, permita-me, outra vez, fazer uma observação: o lixo irrelevante conseguiu se manter vivo mesmo fora das fronteiras latinas. Me permito, agora, questionar: tanta gente assim tem péssimo gosto musical? Ou são apenas pessoas que vivem e consomem música de maneira diferente da sua?

Se existe algo que os meus anos na indústria musical ensinaram é, justamente, a pluralidade sonora que, não necessariamente, está de acordo com o meu gosto pessoal. Faz parte. Pouco entendo o fenômeno Bad Bunny, mesmo acompanhando diariamente seus feitos, mas o respeito.

Aqui, do alto dos meus 42 anos, nem faço parte da geração Rebelde. Quando a novela foi ao ar, eu já vivia um pouco além dos dramas da Elite Way School. Contudo, desde os primórdios do LatinPop Brasil, em 2015, sei que não há nada no mercado latino mais relevante do que o RBD.

O RBD, a quem você chamou de lixo, é o responsável por manter pulsante o mercado latino no Brasil, tal e qual fizeram Ricky Martin, Enrique Iglesias ou Shakira. Presumo que para o seu ouvido sensível sejam todos “lixo”.

Volto a dizer: embora seu espaço seja exatamente para explanar opiniões pessoais, é preciso diferenciar o que é gosto do “mau gosto” no uso das palavras apenas para ganhar cliques fáceis. Não gostar, pelo menos no meu mundo, não significa não respeitar. E como profissional da área, não entender o fenômeno e tentar embasar sua opinião de forma tão rasa e superficial só corrobora a tese do clickbait.

Para finalizar, não teve um amigo para te dizer que naquele mesmo dia a sua empresa anunciava a estreia da novela que gerou o lixoso fenômeno em seu catálogo? Ninguém mesmo te disse que o Grupo Globo tem apostado várias de suas fichas nesse produto tão classe C?

Puxa vida, que timing, não?

Há quem diga que você foi corajoso. Permita-me, pela última vez, dizer que você apenas bostejou uma opinião que ninguém queria, ninguém pediu e com a qual só os elitistas fãs de Los Hermanos (????) concordam.

Meu boa noite e votos de ótimos sonhos para você.

Amanhã, é dia do RBD voltar a fazer história!

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