Um mês após a final do Eurovision Song Contest, a sede do festival do próximo ano ainda não está definida. A Ucrânia, vencedora da última edição, não deve ter condições de organizar a competição em meio à invasão da Rússia.
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Tradicionalmente, o país ganhador organiza o evento na edição seguinte, o que fica improvável com uma nação em guerra ou – com sorte – em recuperação no pós-guerra.
Embora o presidente Volodimir Zelenski tenha dito que o ESC 2023 acontecerá em uma Ucrânia “livre, pacífica e restaurada”, são mínimas as chances de que isso aconteça nos próximos 12 meses. Ele ainda propôs que Mariúpol, a cidade mais devastada nos últimos quatro meses com a invasão russa, receba a competição.
Reino Unido, Itália e Polônia seguem na disputa. A Espanha anunciou hoje sua retirada da “competição”: “Não queremos ficar com a miragem de um bom resultado, vamos tentar vencer no próximo ano. Também estávamos interessados em organizar o concurso Eurovisão 2023, mas se a Ucrânia renunciar, a BBC o organizará“, disse José Manuel Pérez Tornero, falando ao Faro De Vigo, presidente da RTVE.
Suécia, Islândia e Holanda também sinalizaram nos últimos dias que poderiam receber o festival.
As últimas previsões do Banco Mundial apontam para uma queda de 11,2 no PIB do país e uma retração econômica de 45,11%. Segundo o jornal Corriere Della Sera, a última edição do Eurovision custou 20 milhões de euros: 14,8 milhões bancados pela cidade de Turim e 5,2 milhões divididos entre patrocinadores e organização (RAI).
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Os benefícios, principalmente com o impulsionamento dos setores de Turismo e Serviços, compensam. Antes do evento, os italianos previam faturar sete vezes mais do que o valor investido. A questão é se a Ucrânia estará pronta e se haverá empresas dispostas a investires no país até lá. Em 2022, o Eurovision foi transmitido de um bunker por questões de segurança.
Nesse cenário, o Reino Unido aparece como a primeira possibilidade de Plano B. Além de ter ficado em segundo lugar, o que lhe daria a herança natural da organização, existe uma boa relação política entre chefes dos dois países.
Ainda não há previsão para a divulgação da cidade (ou país, neste caso) anfitriã. Em um contexto social pacífico, a Itália só revelou Turim como sede em outubro do ano passado.