A edição de 2026 do Eurovision Song Contest enfrenta uma crise sem precedentes, com vários países europeus ameaçando boicotar o evento caso Israel seja mantido na competição. A situação ganhou contornos mais intensos após a edição de 2025, realizada em Basel, Suíça, onde a cantora israelense Yuval Raphael conquistou o segundo lugar, sendo a mais votada pelo público. Esse resultado gerou controvérsias relacionadas ao sistema de votação e ao uso político da competição.

Espanha: O primeiro do Big 5 a colocar participação em dúvida

A TVE (Radiotelevisión Española) se tornou o primeiro membro do grupo dos “Big 5” a considerar seriamente a retirada do festival. O presidente da RTVE, José Pablo López, propôs ao Conselho de Administração da emissora que a Espanha se retire do Eurovision 2026 caso Israel participe. A decisão será debatida e votada nesta terça-feira, 16 de setembro. Além disso, o ministro da Cultura da Espanha, Ernest Urtasun, expressou publicamente seu apoio à exclusão de Israel, afirmando que “não se pode normalizar a presença de Israel em fóruns internacionais enquanto não cessarem suas ações militares”.

Outros países europeus se posicionam contra a participação de Israel

Além da Espanha, outros países já anunciaram que não participarão do Eurovision 2026 se Israel for mantido na competição:

Holanda: A emissora AVROTROS declarou que boicotará o evento devido ao “grave sofrimento humano em Gaza” e à repressão da liberdade de imprensa. A decisão também foi influenciada por alegações de manipulação no sistema de votação, após a controversa segunda colocação de Israel em 2025.

Irlanda: A RTÉ afirmou que seria “inconstitucional” participar do festival enquanto houver “perda de vidas em Gaza” e restrições à liberdade de imprensa na região.

Eslovênia: A emissora RTVSLO confirmou que não participará do Eurovision 2026 se Israel estiver presente.

Islândia: Embora não tenha emitido uma declaração oficial, a emissora islandesa também está considerando a retirada, alinhando-se às posições dos outros países mencionados.

A União Europeia de Radiodifusão (UER), organizadora do festival, está ciente da crise e realizará uma reunião em Genebra em dezembro para decidir sobre a participação de Israel. Fontes indicam que a UER enviou uma mensagem não oficial sugerindo que Israel se retire temporariamente ou participe sob uma bandeira neutra para evitar a exclusão do evento.

O impacto na edição de 2025

A edição de 2025 foi marcada por protestos em várias cidades europeias contra a participação de Israel, incluindo manifestações em Madrid que levaram ao cancelamento de eventos relacionados ao festival. Apesar disso, Yuval Raphael obteve uma excelente colocação, sendo a artista mais votada pelo público, o que gerou debates sobre a transparência e integridade do sistema de votação.

O futuro do Eurovision 2026

Com a final marcada para 16 de maio de 2026 em Viena, a situação permanece incerta. A decisão da UER será crucial para determinar a continuidade do festival como um evento inclusivo e apolítico, alinhado aos seus valores de paz e unidade. A pressão internacional crescente indica que a edição de 2026 poderá ser uma das mais controversas da história do Eurovision.

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