Nesta terça-feira, 31 de janeiro, começa o Festival de Benidorm, que vai eleger o próximo representante da Espanha no Eurovision Song Contest. No ano passado, o evento foi um dos grandes acertos da temporada eurovisiva ao escolher, a despeito do favoritismo de Tanxugueiras ou Rigoberta Bandini, a cubana Chanel Terrero. Mas fica a pergunta: onde está a artista que encantou a Europa com SloMo?

Um ano depois da consagração, suas redes sociais mais parecem a de um influencer do que de uma cantora. Bom, deve-se levar em conta que a proposta levada a Turim foi sua primeira gravação na carreira. Antes, ela era atriz de musicais.

E depois do terceiro lugar no ESC? O melhor resultado da Espanha no Eurovision em três décadas não lhe rendeu uma carreira musical. Até houve uma troca de gravadora que deu esperança aos fãs: ela saiu da BMG e foi para a Sony. Teve ainda outra canção chancelada pela TVE, Toke, hino da seleção espanhola na Copa do Mundo do Qatar.

Se a Espanha não foi bem no futebol, a música é igualmente esquecível. Do tema, os críticos recordam sua duvidosa pretensão de fazer história e levar seu staff, incluindo bailarinos gays, ao país sede da competição, que condena a comunidade LGBTQIA+. Ao ver a polêmica armada, Chanel soltou a célebre frase: “Amor, no me voy a ir”.

Relembre a icônica performance de Chanel com SloMo no Eurovision

E parece que não vai a nenhum lugar mesmo. Nem ao Festival de Benidorm, onde esperava-se que ela entregaria a taça ao novo campeão, ela irá.

Doloroso para aqueles que promoveram o “chanelazo”, movimento considerado até tóxico por fãs de outros países, dada a devoção dos espanhóis por Chanel, é perceber que hoje ela nada mais é do que uma personalidade da mídia. Quiçá, em alguns anos, vire figurinha carimbada de eventos eurovisivos, a exemplo de Duncan Laurence ou Måns Zelmerlöw (esses campeões e com carreira, diga-se de passagem).

Chanel perdeu o timing para ter uma carreira pós-festival de sucesso. Sua empáfia é tão grande que logo após a competição do Pala Alpitour, no norte italiano, a artista afirmou precisar de férias. De quê? Ninguém sabe, afinal sua carreira como cantora se resumia a três míseros meses.

Aqueles que promoveram o “chanelazo” têm parte de culpa no fracasso de hoje. Colocaram Chanel em um pedestal do qual ela não foi capaz de descer. Quem sabe Benidorm a anime a mudar o discurso e a postura. Ou, quem sabe, ela só mude de postura se o novo espanhol no Eurovision tiver uma performance melhor que a sua. No limbo, sua única opção será trabalhar. Talvez nem sobre o TOP 250 no fim de 2023.

Amor, quizás sea mejor que te vayas.

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