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Por quê?
Quando lançou a faixa-título Parte de Mí, Nicki Nicole já dava mostras de que o seu segundo álbum de estúdio apostaria na versatilidade para ratificar o momento ascendente de sua carreira.
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Gravado entre 2020 e 2021, em plena pandemia, o disco é pensado, embasado e muito bem formatado para mostrar o porquê a jovem argentina figura, hoje, entre os nomes mais conceituados do mercado latino, sendo uma das convidadas de Christina Aguilera para seu retorno à música em Pa’Mis Muchachas.
A tracklist tem o rap flamenco de Me Has Dejado (feat Delaossa) e o reggaetón romântico de Toda La Vida (feat Mora) como carros-chefe da qualidade que permeia o trabalho. Sabe (feat Rauw Alejandro) traz força, Tengo To (feat PtaZeta e Snow tha Product) mostra o rap clássico, ao lado de Baby, um dos cortes promocionais do disco.
Pensamos, o dueto sonhado com Mon Laferte, mostra um dos pilares de Parte de Mí, trafegando fora dos mercados que Nicki Nicole já havia conquistado e desenvolvendo ritmos distantes daquilo que havia mostrado até agora. O mesmo acontece em Perdido, a canção mais distante do score urbano e que aparece como aposta para ganhar o título de melhor música do álbum logo na primeira audição.
A diferença para Recuerdos, publicado em 2019, às pressas, para aproveitar o boom de Wapo Traketero, é notável. Não é um disco para capitalizar números, é um trabalho para deixar marcas. E é por isso que, embora já tenha hits em outros anos, outro álbum, esse foi o ano em que a artista deixou de brilhar apenas em seu país para conquistar o mundo.
Ainda vamos ouvir falar muito – mais – de Nicki Nicole!
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