A principal festa da música na Europa vai precisar de muito mais do que boa música e diversão para convencer os fãs a desembolsarem até 850 euros pelo pacote com semifinais e final. Sim, esse é o valor com melhor visibilidade para o Eurovision Song Contest entre 10 e 14 de maio, em Turim, na Itália.
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Na conversão em reais, a soma chega a R$ 4,3 mil na cotação de hoje, 4 de abril, para o pack individual. Para a mesma quantidade de ingressos, o setor mais barato – e com visibilidade baixa – o valor é de 550 euros, ou R$ 2,7 mil.
A comparação com Roterdã, sede da última edição do festival, é gritante: com capacidade reduzida em função da pandemia de Covid-19, a Ahoy Arena cobrou entre 89 e 249 euros do público (R$ 451 e R$ 1,2 mil), uma inflação de quase 300%.
Os preços abusivos estão repercutindo nas redes sociais. Os fãs não apenas reclamam dos valores, como dizem que o montante a ser desembolsados para a ver a disputa entre 40 países é impeditivo. As críticas recaem, principalmente, sobre a organização do Eurovision.
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“Não gosto do que o Eurovision está se tornando, elitista”, diz um eurofã. “Espero que ano que vem aceitem o pagamento em órgãos”, brinca outra seguidora do show. “Se vê muito bem pela TV também”, protesta outro.
Enquanto isso, a União Europeia de Radiofusão (EBU) e a estatal RAI, organizadoras do concurso em 2022, seguem alertando para a baixa oferta de ingressos neste ano, sem desvendar quantas entradas serão colocadas à venda a partir desta quinta-feira, 7 de abril. A comercialização será feita pela TicketOne.
O Eurovision terá sua primeira final disputada em 10 de maio, a segunda no dia 12, e a grande final no dia 14. A cidade-sede é Turim, ao norte do país, na região de Piemonte. Há quem acredite, então, que o botão verde será apertado na próxima quinta-feira, 10 de março, quando faltarão exatos dois meses para o início do festival.
O ESC 2022 será apresentado por Laura Pausini, Mika e Alessandro Cattelan.