Já foi mais fácil ser fã de música latina, hispano-hablante e/ou italiana no Brasil. Nesta sexta-feira, 20 de maio, o site Poder 360 revelou que o país tem a quarta maior inflação entre os países do G20, ficando atrás apenas de Turquia, Argentina e Rússia.
Destaque: Tini solta a voz e emociona no single Carne y Hueso
O índice nacional é de 12,1%. O levamento foi feito no mês de abril.
E como isso impacta o mercado latino? Oras, lembra quando era fácil ir a um show ou importar um CD do seu artista favorito? Tempo bom aquele…
Brasil, a quarta maior inflação do G20, e o mercado musical latino
TRA TRA
A gente era feliz e não sabia quando pagava R$ 300 reais na pista premium de um, não é mesmo? A única apresentação da Rosalía no Brasil, marcada para agosto, está saindo por R$ 750 no lugar mais nobre do Espaços das Américas, em São Paulo. Com esse valor, há poucos anos, dava para garantir o Uber intermunicipal e ainda jantar em um lugar badalado depois do show.
Pasos de Cero
E como era fácil falar: “ah, o Pablo Alborán só faz show em Buenos Aires, vou até lá para ver”. Hoje em dia, só a passagem aérea engole o orçamento da maior parte das famílias brasileiras. O LatinPop Brasil simulou uma viagem entre 19 e 25 de junho: R$ 1,8 mil. Sem contar hospedagem, alimentação e ingressos, que aí seriam questões dos hermanos. Sim, uma passagem que custava em torno de R$ 400 ou R$ 500 há quatro anos, quase quadruplicou o valor.
Ira
Comprar um CD do exterior nunca foi lá a coisa mais barata desse mundo, mas vocês têm noção de que aquele disquinho reluzente está muito caro, caríssimo, quase impossível de ter atualmente? Um exemplo simples é o Teatro D’Ira, do Maneskin: R$ 176 no site da Amazon. Il Ballo Della Vita? Pufff… nem pensar: R$ 193 dinheiros.
Inflação não é só coisa que a gente vê na TV, não, viu? A gente sente no bolso e serve para qualquer situação da vida. E se a gente está falando de coisas supérfluas, como show, disco, viagem, imagine só para garantir o almoço e o jantar na mesa, hein?